Unicamp 2026: como o meio ambiente pode ser cobrado no vestibular em geografia, biologia e química
08/10/2025
(Foto: Reprodução) Como questões ambientais devem cair no Vestibular da Unicamp 2026
Em meio às mudanças climáticas cada vez mais evidentes, aos incêndios florestais recorrentes e à proximidade com a COP 30, marcada para novembro em Belém (PA), a expectativa dos educadores é que temas ligados ao meio ambiente apareçam na 1ª fase do Vestibular da Unicamp, que será realizada no dia 26 de outubro.
Para discutir o tema e saber quais são as principais apostas para a prova desse ano, o g1 ouviu três professores de disciplinas ligadas à biologia, à geografia e às atualidades. Eles acreditam que assuntos relacionados à sustentabilidade e à ecologia devem ser abordados de maneira interdisciplinar, ou seja, reunindo diferentes disciplinas.
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“Eles vão cair de maneira mais interdisciplinar possível, misturando muito biologia com geografia, biologia com química, geografia com química. São as principais possibilidades que esses temas vão cair”, afirma André Bourg, conhecido como Prof Tie, que leciona Biologia no Cursinho e Colégio Oficina do Estudante.
🌍 A seguir, veja quais os palpites dos professores sobre como as questões ambientais devem aparecer no vestibular:
As apostas dos professores
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Entre as possibilidades interdisciplinares apontadas por Bourg para a primeira fase da Unicamp estão:
ciclo da água;
relação entre diversidade e extinção;
ciclos biogeoquímicos (entender como o aumento de gás carbônico e de outros gases do aquecimento global podem afetar diretamente a circulação atmosférica, gerando alterações climáticas);
combustíveis verdes e fontes alternativas de energia.
Impactos de atividades humanas
Doutora e professora de geografia e atualidades da Oficina do Estudante, Rafaela Locali também acredita na interdisciplinaridade ao abordar temáticas ambientais ligadas ao homem.
“É possível pensarmos na relação entre biologia, geografia e sociologia quando falamos em meio ambiente, principalmente nos impactos decorrentes de atividades humanas prejudiciais aos biomas em prol da acumulação de riquezas”, opina a professora.
“A Unicamp gosta de colocar questões de geografia que provoquem uma reflexão crítica entre sociedade e ambiente”, diz Rafaela, que aposta como temas possíveis da prova:
comprometimento de áreas agrícolas;
terras demarcadas e agronegócio;
queimadas na Amazônia, no Cerrado e no Pantanal;
enchentes no Rio Grande do Sul.
“As enchentes no Rio Grande do Sul foram timidamente abordadas ano passado e podem ser cobradas com mais ênfase esse ano, sempre associando os danos humanos, sociais, ambientais e econômicos ao ano de super El Niño”, diz.
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Reprodução/TV Globo
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Física com química
O professor de geografia e atualidades Daniel Simões diz que “na prova de geografia, de vez em quando aparece, por exemplo, calcular algo relacionado com física ou com química. Por exemplo, chuva ácida. O aluno precisava conhecer os gases atmosféricos que reagem com a chuva”.
“No caso dos biocombustíveis, a gente pode pensar numa conexão com química ou com biologia, falar de fermentação alcoólica, transesterificação [reação química]. Então, tem algumas abordagens possíveis”, aponta Simões.
Como se preparar
O g1 reuniu algumas dicas de André Bourg e Rafaela Locali sobre como se preparar para questões ambientais no vestibular da Unicamp 2026. Veja:
fazer um resumo dos principais problemas ambientais globais;
entender as causas e as consequências de problemas ambientais;
conhecer as possíveis soluções para esses problemas;
compreender politicamente como o Brasil e as grandes potências lidam com a temática;
entender mais profundamente qual é o papel das COPs;
conhecer os impactos climáticos relacionados ao aquecimento global e às ondas de calor no Brasil e no mundo
conhecer as causas do aumento de tempestades e enchentes, como a do Rio Grande do Sul.
Da esquerda para a direita: professores André e Daniel do Oficina do Estudante, em Campinas
Oficina do Estudante/Divulgação
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