Um mês após queda da ponte entre TO e MA, travessia segue improvisada e moradores sofrem impactos
22/01/2025
A ponte Juscelino Kubitschek caiu no dia 22 de dezembro de 2024. Dez veículos, levando18 pessoas, passavam na hora do desastre e caíram no rio. Apenas uma sobreviveu. Um mês depois da queda da ponte entre MA e TO, travessia ainda é precária
Um mês depois da queda da ponte entre os estados do Tocantins e do Maranhão, moradores da região sofrem de formas variadas os efeitos do desastre.
Uma missa em Aguiarnópolis, no Tocantins, homenageou os mortos na tragédia. As irmãs de Gecimar Ferreira jogaram pétalas de rosa nas águas do rio. O mototaxista é uma das três vítimas que continuam desaparecidas.
As irmãs de Gecimar Ferreira jogaram pétalas de rosa nas águas do rio
Reprodução/TV Globo
A ponte Juscelino Kubitschek caiu no dia 22 de dezembro. Dez veículos, levando18 pessoas, passavam na hora do desastre e caíram no rio. Apenas uma sobreviveu.
Drones subaquáticos ajudaram na localização dos veículos e dos corpos, que estavam a mais de 30 metros de profundidade. Um mês após a tragédia, as buscas foram reduzidas. Com a chegada das chuvas, o volume do rio subiu muito, e a correnteza impede o trabalho de mergulhadores.
Queda ponte completa um mês
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A ponte integrava os corredores rodoviários Belém-Brasília e Transamazônica. Além do grande movimento de carros e motos, o fluxo de veículos pesados era constante no corredor. Passavam pela ponte, em média, 2 mil caminhões por dia, carregados com toneladas de produtos em direção ao porto de São Luís. A movimentação intensa entre um estado e outro gerava uma demanda gigantesca por produtos e serviços e movimentava a economia local, que agora está parada.
"Está muito fraco. Acabou o movimento, acabou tudo. A gente não faz mais nada aqui", afirma o taxista Reginaldo Barbosa.
Ponte Juscelino Kubitschek caiu no dia 22 de dezembro
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As rotas alternativas para veículos chegam a aumentar o trajeto em até 370 km. Logo após o acidente, o DNIT prometeu duas balsas para travessia de passageiros e veículos, mas, até agora, não há previsão de quando começam a operar.
A estrutura de atracadouros ainda não está pronta. As pessoas que precisam atravessar o rio usam pequenas embarcações.
"Sem as balsas é bem complicado. A gente aguardava que o problema fosse resolver bem antes, mas eu não sei o que está acontecendo, mas está bem demorado", diz o pastor, Luís Neto.
Pessoas que precisam atravessar o rio usam pequenas embarcações
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Ainda há quatro veículos em cima do que sobrou da ponte. Em dezembro, o Jornal Nacional mostrou que o DNIT sabia do risco de colapso da estrutura. Em 2020, um relatório técnico apontou fissuras em todas as colunas.
Ainda há quatro veículos em cima do que sobrou da ponte
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Em nota, a Polícia Federal disse que a investigação sobre a responsabilidade do desabamento corre em segredo de Justiça.
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