Bispa que dirigiu sermão a Donald Trump já tinha criticado presidente em 2020; saiba quem é a religiosa

  • 22/01/2025
(Foto: Reprodução)
Mariann Edgar Budde é filha de imigrante e a primeira mulher a servir como líder da diocese de Washington, que faz parte da Igreja Episcopal dos Estados Unidos. Ela ocupa o cargo desde 2011 e sempre se posicionou sobre questões sociais. Trump sobe tom de críticas a bispa que pediu misericórdia para imigrantes e pessoas LGBTQIA+ O mundo inteiro testemunhou na terça-feira (21) o sermão que uma religiosa dirigiu ao presidente dos Estados Unidos na Catedral de Washington. Em um primeiro momento, Donald Trump reagiu com um desdém aparente. Mas, depois, mudou de tom. Donald Trump não tinha nem 24 horas no cargo quando ouviu o apelo da bispa por acolhimento no país: "Em nome de nosso Deus, eu peço a você que tenha misericórdia do povo em nosso país que está com medo agora. Existem crianças gays, lésbicas e transgêneros em famílias democratas, republicanas e independentes, algumas que temem por suas vidas. A grande maioria dos imigrantes não é criminosa. Eles pagam impostos e são bons vizinhos”, disse Mariann Edgar Budde, bispa de Washington. A declaração foi feita na tradicional celebração ecumênica de que todo presidente participa no dia seguinte da posse. Depois de sair da cerimônia, Trump foi questionado sobre o que achou. "Não foi muito emocionante. Eles poderiam fazer muito melhor", respondeu. Horas depois, quando já era madrugada, Trump foi para as redes sociais e subiu o tom das críticas: "A suposta bispa era uma radical de esquerda linha dura que odeia Trump. Ela levou sua igreja para o mundo da política de uma forma muito desagradável. Ela tinha um tom repugnante e não era convincente ou inteligente. Ela deixou de mencionar o grande número de imigrantes ilegais que vieram para o nosso país e mataram pessoas. Além de suas declarações inapropriadas, a celebração foi muito chata e pouco inspiradora. Ela não é muito boa no trabalho dela. Ela e sua igreja devem um pedido de desculpas ao público”. Decretos de Trump: estados americanos vão à Justiça contra revogação do direito à cidadania para filhos de imigrantes ilegais Não é a primeira vez que a bispa Mariann Edgar Budde faz críticas a Donald Trump. Em junho de 2020, quando Trump estava no primeiro mandato, a polícia e a Guarda Nacional dispersaram com violência manifestantes em Washington. Os agentes abriram caminho para Trump, que decidiu de surpresa caminhar da Casa Branca até a igreja ali na frente. Ele queria posar para uma foto segurando uma bíblia. Manifestantes se concentravam ali por dias para protestar contra o assassinato do homem negro George Floyd pela polícia. Uma minoria de vândalos depredou a igreja. Na época, a bispa criticou a atitude de Trump. Em um artigo no jornal “The New York Times”, destacou que muitas pessoas protestavam pacificamente e não precisavam ter sido retiradas à força. Ela escreveu: "Trump usou símbolos sagrados para cobrir-se com o manto da autoridade espiritual, ao mesmo tempo em que assumia posições contrárias à Bíblia que ele segurava na mão. O presidente é sempre bem-vindo para rezar em St. John. Na verdade, adoraríamos que ele abordasse da igreja a dor, a raiva e a frustração coletivas de nossa nação”. Donald Trump e a bispa Mariann Edgar Budde Jornal Nacional/ Reprodução A bispa Mariann Edgar Budde é filha de imigrante e a primeira mulher a servir como líder espiritual na diocese de Washington, que faz parte da Igreja Episcopal dos Estados Unidos. Ela ocupa o cargo desde 2011 e sempre se posicionou sobre questões sociais. Depois da repercussão do que ela falou para Donald Trump, a segurança na Catedral de Washington precisou ser reforçada. Em uma entrevista nesta quarta-feira (22) à rede ABC, ela não pediu desculpas ao público - como Trump queria -, mas alertou contra o que chamou de uma “cultura de desprezo” que assola os Estados Unidos: "Isso faz parte do ar que respiramos agora. E eu estava tentando falar uma verdade que eu sentia que precisava ser dita, mas fazer isso da maneira mais respeitosa e gentil possível e, também, trazer para a conversa vozes que não eram ouvidas no espaço público há algum tempo”. LEIA TAMBÉM Primeiros anúncios de Trump sinalizam mudanças na forma como os EUA vão se posicionar diante de problemas globais Trump é surpreendido por apelo de bispa na Catedral de Washington: 'Tenha misericórdia do povo' No primeiro mandato, Trump deportou quase 400 mil imigrantes ilegais a mais do que Biden; veja números Justiça liberta invasores do Congresso americano perdoados por Trump em decreto

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/01/22/bispa-que-dirigiu-sermao-a-donald-trump-ja-tinha-criticado-presidente-em-2020-saiba-quem-e-a-religiosa.ghtml


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